esse post é para o colega Gustavo Braz, recém cadastrado aqui no fórum, que puxou o assunto inicialmente no meu blog.
Transcrevendo o texto do Gustavo: "Opa Cartola, não sabia desse rodador, achei que era apenas um dispositivo que permitia girar a cabeça. Mas você falou em cliques, como é isso, padroniza para cada lente é?"
Pois é, o rodador é uma mão na roda, mesmo pra lentes mais abertas com as quais precisamos fazer menos fotos. Ele tem como que uma bilha pressionada por uma mola que faz as paradas do giro da cabeça em furos pré-determinados. Alguns rodadores permitem que se regule por que furos a bilha vai passar, variando então as paradas de acordo com a lente usada. Outros tem passos fixos, mas mesmo assim as vezes podem ser usados com lentes diferentes.
A nodal ninja, um dos fabricantes mais conhecidos e dedicado às panorâmicas, tem uma linha de rodadores que ilustram isso que falei. O RD16-II, por exemplo, pode dar giros com 16 passos diferentes que vão de 3,75 a 120 graus.
Eu tenho o rodador de mastro com 8 paradas e o RD16-II. Ambos muito bons e bem construídos. Recomendo.
Antes de tê-los cheguei a construir um rodador que ficou um pouco complexo demais. Tenho ideia de um projeto simplificado. Já até testei algumas ideias, mas ainda não cheguei num resultado final bom. Chego a conclusão que um rodador caseiro, diferente da cabeça, exige um pouco mais de provas de conceitos até chegar num resultado satisfatório.
O princípio básico da coisa consiste mais ou menos em:
- uma base fixa, presa ao tripé;
- uma base que gire livremente sobre a base fixa;
- uma maneira de marcar as paradas.
No primeiro modelo que fiz, que ficou meio complexo, a solução para as partes móveis veio com o uso de um rolamento. Só que isso trouxe complexidade por que eu tinha que fixar uma parte no tripé e outra no restante do conjunto. Aqui umas fotos da confecção dele misturadas com a da confecção de uma cabeça.
Pra fazer as paradas usei uma bilha imantada que tinha comprado no Deal Extreme. Ela desliza sobre uma chapa de alumínio com os buracos. Por baixo da chapa de alumínio tem uma chapa de metal que atrai a bilha, então não precisei de mola pra pressionar a bilha, mas a pressão ficou pouca, embora tenha atendido.
Minha ideia agora é tentar fazer partes de alumínio escorregarem entre si com algo no meio, tipo um couro, feltro ou coisa assim e fazer a marcação das paradas com um pino que entre nos buracos pressionado de alguma forma ou simplesmente com seu peso. A ideia é ter que removê-lo manualmente do buraco para fazer o giro, o que acho que não é um problema.
Abraços, Cartola!